Devo ou não juntar os créditos?
Cada vez mais as famílias portuguesas optam por juntar os créditos que têm em vigor de forma a conseguirem ter uma folga financeira e melhorar as suas finanças. Contudo, são ainda muitas as famílias que se encontram em situação de sobre endividamento e não sabem se podem ou não realizar essa junção.
Hoje iremos explicar-lhe como é que tudo funciona, quais as vantagens e desvantagens, e indicar quem é que pode efetivamente juntar os créditos. Saiba tudo de seguida.
Juntar os créditos – O que é afinal a consolidação de créditos?
Pois bem, a verdade é que dependendo da sua situação económica a junção de créditos (ou seja, a consolidação) pode ser uma tábua salva vidas para milhares de pessoas que se encontram numa situação financeira relativamente fragilizada.
Perceba de seguida como é que funciona a consolidação de créditos.
Na prática, a consolidação de créditos é um produto financeiro que vai juntar todas as prestações que tem atualmente (independentemente do número de entidades credoras), ficando a pagar apenas uma prestação mensal pelos créditos todos que tem.
Esta consolidação vai permitir-lhe renegociar todos os créditos que tem em vigor (com exceção dos que já foram renegociados anteriormente), permitindo-lhe baixar no máximo 60% o valor das prestações que paga atualmente.
É importante ter em conta que existem duas tipologias distintas de crédito consolidado, e que independentemente da que escolher, estará sempre a poupar (comparativamente ao valor que paga atualmente).
As duas possibilidades de juntar créditos são:
· Crédito consolidado sem hipoteca – Esta tipologia de crédito não inclui nenhuma garantia de imóvel. Contudo, a mesma permite-lhe juntar todos os seus outros créditos numa única prestação mensal. A sua principal desvantagem passa pelo fato de os prazos de pagamento não serem tão extensos (comparativamente ao crédito consolidado com hipoteca) e as taxas de juro não serem tão baixas (pois representa para o banco um risco ponderado a conceção do mesmo).
· Crédito consolidado com hipoteca – Tal como o próprio nome indica, este permite-lhe juntar os créditos que tem e possibilita-lhe dar um imóvel como garantia ao pagamento (independentemente de o mesmo estar ou não hipotecado). Este tipo de crédito tem um prazo de pagamento relativamente alargado (até 10 anos) e uma prestação mais baixa (pois tratar-se de um crédito de baixo risco para o banco ou entidade financeira, pois têm a garantia de um imóvel);
Quias as vantagens e desvantagens de consolidar os seus créditos
Tal como tudo na vida, existem diversas vantagens e desvantagens associadas à junção dos seus créditos. Conheça-as de seguida.
Vantagens
· Juntar todos os créditos que tem num único empréstimo;
· Redução das mensalidades;
· Gestão mais simplificada do orçamento familiar mensal;
· Aumento do poder de compra;
· Passa a ter m único interlocutor para o seu processo;
· Não necessita de mudar de banco;
· Aumento do prazo de pagamento.
Desvantagens
· Não podem incluir créditos renegociados;
· Não pode ter dívidas ao Banco (ou seja, o seu nome não pode constar na lista negra do Banco de Portugal);
· Irá pagar mais juros relativamente aos créditos;
· Poderá correr o risco de gastar o dinheiro que poupa mensalmente em novos créditos.
Quem pode juntar os créditos num único?
Pois bem, a verdade é que quase todas as famílias podem solicitar a uma entidade a consolidação dos créditos, contudo, saiba que existem alguns fatores que podem levar um banco ou entidade financeira a negar-lhe a atribuição do mesmo. Os três mais comuns são:
· Incidentes bancários – Se tiver tido algum tipo de incidente bancário (ou seja, se tiver o nome no banco de Portugal por atrasos no pagamento, dívidas abatidas ao ativo ou crédito em litigio) nenhum banco nem entidade financeira poderá fornecer-lhe a junção dos créditos.
· Taxa de esforço elevada – Quem pretende a aquisição de um crédito consolidado tem como principal intuito baixar o valor mensal das prestações que paga relativamente aos diversos créditos que tem a decorrer. Mas, é comum que os bancos ao olharem para a taxa de esforço fiquem preocupados ao analisar os pedidos de clientes sobre endividados. Nestes casos até poderá até ser viável consolidar créditos mas a banca poderá não querer assumir o risco.
· Processos mal escritos – Muitas vezes é comum que os pedidos de consolidação de crédito sejam negados simplesmente porque o pedido junto das instituições financeiras não tinha qualidade. É precisa saber como “vender” o seu caso de forma a aumentar a probabilidade de o mesmo ser aprovado.
Outra questão que deve ter em conta, é que para juntar os créditos num único, existem diversos documentos que deve ter na sua posse pois é necessário que haja uma análise dos mesmos.
Assim sendo, se pondera solicitar uma avaliação nesse sentido, tenha consigo os seguintes documentos:
· Documentos de identificação (BI e NIF ou cartão de cidadão);
· IRS e nota de liquidação do ano corrente;
· Recibos de vencimento dos 3 últimos meses;
· Extratos bancários dos últimos 3 meses;
· Mapa de responsabilidades do Banco de Portugal (mais recente);
· No caso de proprietários, sempre que possível enviar a caderneta predial do imóvel.
Devo ou não juntar os créditos?
Não lhe podemos dar uma resposta que seja válida para todos os consumidores, pois a viabilidade de juntar um crédito vai depender das suas verdadeiras necessidades.
Contudo, esta solução é ideal para todas as famílias (e pessoas singulares) que se vejam mensalmente com uma taxa de esforço superior a 40%, e que pretendam reduzir a mesma de forma bastante acentuada.
As reduções podem chegar aos 60% em casos onde os valores mensais de crédito ultrapassam os 1.000€, assim sendo, é importante que tome rédeas das sus finanças antes de entrar em incumprimento, pois nessa altura será muito mais complicado fazê-lo.
Se está a pensar juntar todos os créditos que tem em vigor numa única prestação, saiba que poderemos ajudá-lo com essa questão. Contacte-nos e iremos responder com a maior brevidade possível.